05 de junho dia do Meio Ambiente

Esta poesia é de uma poetisa muito querida e amiga, colega de trabalha
Prof.ª DARCI DE PAULA CAVALCANTI que tão bem retrata o descaso do homem
com o planeta e por consequência, consigo mesmo.

Foi trabalhada na E. E. Stela Wanderley pela profª Edna Monteiro, de Português
os alunos transfomaram a poesia em prosa e linguagem não-verbal, ficou muito bom
o trabalho apresentado na escola no dia 06 de maio, DIA DO AMIGO DA ESCOLA.

CONSTRUÇÃO DA PAZ

Jamais haverá verdadeira paz
Nos corações da raça humana,
Enquanto houver derramamento de sangue
De milhões de inocentes animais.

Jamais haverá paz espiritual
Enquanto humanos assassinarem seus irmãos
Enquanto houver guerras e milhões de abortos
Sangrando nas sarjetas do mundo.

Jamais haverá paz real no planeta
Comandados por homens de mentes egoístas
Se não há justiça e direitos respeitados
E vigorá o lixo cultural, a violência social.

Jamais haverá verdadeira paz no Brasil
Se não gritarmos fora! Os políticos corruptos
A centralização do capital, desigualdade, crimes
E humanizarem-se presídios cheios de doentes, drogados

Jamais haverá paz, após a destruição das florestas
O desamor à Mãe Terra, Mãe água e todas as Mães.
Brasil! Campeão de matança e exportação
Da útil e bondosa espécie bovina. Até quando?

Jamais haverá paz nos mares do mundo
Quando matam baleias, golfinhos, tartarugas, espécies
Envenenam o ar, destroem ecossistemas
E nações se armam com bombas e energia nuclear

Jamais haverá paz nos continentes
Se não deitarmos as muralhas opressoras
Fluir os valores, direitos sociais e da Terra
O respeito ao amanhecer de cada estação, gerações.

Jamais haverá paz no universo
Se não amarmos e respeitarmos Criador e Criação!
O ar vital, a água, o verde, a inocência das crianças
A comunhão fraternal, sem fronteiras, a luz universal.

Falar de paz! Se exterminaram a raça indígena
Massacraram e exploram a raça africana
Brasil! Que tuas águas lavem o karma da nação
O Sol Maior e o teu Cruzeiro do Sul iluminem.

O novo celeiro das crianças humanitárias
Que aqui já aportam em cores de arco-íris:
Legado de mães e pais que acenam o caminho
Do amor, solidariedade, ética, justiça, pão e vida!

Caros humanos e poetas! Ação, coragem, fé, luta
Protagonista da nova era acenando os lenços brancos
Paz! Uma construção pessoal, amor incondicional
Construção contínua, coletiva, universal.
Darci Girassol
Natal, 29 de março/2011